Para Edificar…

Deus tem nos ministrado todo Domingo no templo, onde temos sido desafiados a VIVER o evangelho de forma prática, ou seja, a ser nesta vida quem realmente somos, NOVA CRIATURA em Cristo Jesus e não o que já fomos um dia…

Logo, gostaria de desafiá-los a meditar um pouco sobre sermos Imitadores de Deus em Cristo! , que está baseado no texto de Ef 5.1,2. 1ª Parte

A carta que o Apóstolo Paulo escreve aos Efésios é, sem sombras de dúvidas, um tesouro precioso que revela a riqueza de um povo eleito por Deus antes da fundação do mundo para ser santo e filhos por adoção em Cristo Jesus. Revela-nos também o plano maravilhoso que foi elaborado pelo Pai, executado pelo Filho e aplicado, ainda hoje, pelo Espírito Santo de Deus, bem como o miraculoso mistério deste povo, resgatado dos quatro cantos da terra, para se tornar uma só família espiritual, irmãos uns dos outros e sem acepção, manifestando em seu seio a misericórdia, abundancia de amor, graça e a glória deste Deus e Pai e do seu Cristo. Não apenas isto, mas sobre tudo, como este povo deve viver a nova vida que receberam do Pai, em Jesus por intermédio do Espírito.

Aqui Paulo inicia o capítulo cinco fazendo uma integração da nossa existência em Cristo – a experiência cristã – aquilo que somos; nosso pensamento – a teologia cristã – aquilo que cremos; nossa ação ou procedimento – a ética cristã – como nos comportamos. Isso porque a existência, o pensamento e a ação nunca devem ser separados no cristianismo, elas sempre andam juntas. Pois aquilo que somos dirige a forma como pensamos, e a forma como pensamos determina a maneira como agimos. Por isso, Paulo inicia de forma incisiva e imperativa (v.1a), dando uma ordem, passando a orientar de forma conclusiva seus leitores, com muita firmeza, a fim de que vivam, pensem e procedam igualmente a Cristo. A ordem é para serem “imitadores de Deus”. Mas é possível imitar a Deus? Como podemos imitar aquele que criou todas as coisas? Aquele que é Santo? Aquele que é Onipotente, Onisciente e Onipresente? Aquele que é Espírito? Isto só se torna possível, por conta de um referencial físico que temos, isto é, JESUS, pois Ele é Deus! (Cl 1.15-17; Hb 1.3). Humanamente falando seria impossível por conta da queda do homem, porém, por meio da nova vida que recebemos nEle, isso se torna viável. 1º Porque fomos criados a sua imagem; 2º Porque seu Espírito capacitante habita em nós; 3º Porque por sua graça regeneradora e transformadora, nos tornamos seus filhos. A final, filhos são como seus pais, eles aprendem pela imitação. Quem já não se pegou agindo como seus pais?

Quando Paulo usa a expressão “imitadores de Deus” (v.1b), ele deseja nos lembrar exatamente isso, ou seja, que agora nos tornamos verdadeiramente filhos dEle e que, portanto, devemos, até onde pudermos, nos assemelhar a Ele em nossa nova vida. Ele nos lembra ainda, que somos filhos amados e o quanto somos estimados (v.1c), bem como, o quanto o Pai deseja se orgulhar de nossas novas atitudes (4. 25-32). Por isso, a orientação é para que andemos em amor (v.2a), ou seja, este verbo trás consigo o sentido de continuidade progressiva, como quem progride em chegar a algum lugar, pois quanto mais você continua andando, mais você progride em chegar ao seu destino. A proposta aqui apresentada é que possamos pensar e agir sempre e sem interrupção em amor, de forma que, progressivamente o amor seja o próprio conteúdo de nossas vidas. Mas este amor não é um mero sentimento de afeição como no mundo, antes, ele é comparado ao amor de Cristo (v.2b), um amor abnegado, isto é, livre de interesses e imbuído de propósitos. Um amor que denota atitude voluntária e sacrificial (v.2c). É este espírito de dar-se sacrificial e voluntariamente por nossos semelhantes, que os filhos de Deus são instados a imitar. Não que algum de nós tenha alcançado tal padrão, mas devemos nos esforçar em alcançá-lo na medida de nossa capacidade. Não podemos desejar nada menos que isso. Pois este ato de se sacrificar em amor pelo próximo manifesta um cheiro agradável de adoração à presença de Deus (v.2d). E é este bom perfume que exalamos quando andamos em amor.

O desejo de Deus é que sejamos semelhantes a Jesus em suas atitudes. Ele deseja ter o mesmo prazer em nós. Para isso, devemos nos posicionar como filhos amados que somos e imitarmos o amor abnegado, sacrificial e voluntário que exala um cheiro agradável da verdadeira adoração ao Pai.

Pr. Carlos Eduardo dos Santos Azevedo

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